quarta-feira, 21 de outubro de 2015

História do Skate - Pranchinhas com rodas

Sabe como surgiu o skate? Lá pelos anos 50 não havia ondas na Califórnia  e os surfistas tentavam imitar as manobras de surf usando rodas e eixos montados em pranchas de madeira. O primeiro skate fabricado e comercializado em série foi o Roller Derby em 1959.

Roller Derby em 1959


Não era muito seguro. Muitos acidentes aconteceram e tentaram até banir o novo esporte. Mas  pelo contrário, o esporte cresceu. Primeiro era chamado de sidewalk surfing ( surf de calçada). A moda pegou e em 63 ganhou o nome de skateboard. O primeiro campeonato aconteceu naquele ano na Califórnia. E  no ano seguinte, 64, já tinha até revista especializada, a The Quarterty Skateboarder. Um fato curioso naquela época. Com a grande seca na Califórnia, as piscinas foram esvaziadas e os skatistas descobriram que dava para se divertir andando nas paredes, lembrando as ondas de surf.

 Com a grande seca na Califórnia, as piscinas foram esvaziadas para prática do skate













Nos anos 70,  a primeira evolução e revolução. O grande lance foi a invenção da roda de poliuretano, tornando popular este  esporte. Na década seguinte a crise fez aparecer rampas de madeira e a cultura do faça você mesmo. O punk e depois o hip hop influenciaram a galera do skate. Na  década de 90 aconteceu o profissionalismo, com campeonatos mundiais. Grandes nomes e vira até tema de cinema. Z-boys and Dogtown, foi um deles. Em 2004, por incrível que pareça, na Alemanha é fundada a Internation Skateboardin Federation. E de lá pra cá se solidificou e se popularizou.


















Z-boys and Dogtown foi tema de filme



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Indonésia por Carolina Linzmeyer

Acaba de chegar o relato da Carolina Linzmeyer, namorada do freesurfer Petterson Thomaz, que embarcou rumo à Indonésia para curtir a ilha dos Deuses e fazer imagens das ondas dos sonhos de qualquer surfista
Paz, tranquilidade e inspiração: algumas expressões que me vem à cabeça quando penso em Bali. Povo simples, sorridente, receptivo e fiel às suas crenças.
Depois de três dias entre voos e espera em aeroportos a expectativa da chegada era grande. Acordamos antes do amanhecer devido ao fuso horário, tomamos um bom café, alugamos uma “motorbike” – usada pela maioria em um trânsito louco – e partimos para praia de Uluwatu! Após descer as escadarias e passar por algumas das várias lojinhas, a vista compensou o cansaço e cada segundo viajando, finalmente cheguei na Indonésia. Água transparente, corais à vista, barulho forte das grandes ondas batendo nas pedras e um cheiro muito característico das oferendas que o povo local realiza todos os dias. Como me senti bem estando ali! Após apreciar a vista inédita pra mim, fomos dar nosso primeiro mergulho, e que por sorte chegamos na maré seca pois somente assim para mergulhar, na maré cheia não sobra partes com areia, as ondas batem direto nas pedras.
No decorrer dos dias devido a adaptação ao fuso horário acordávamos sempre antes do nascer do sol, íamos a praia para o Petterson surfar e eu filmar. Voltávamos a pousada para o café da manhã e logo depois praia novamente passar o resto do dia, aproveitar também a maré seca para mergulhar! E assim se passavam quase todos os dias na região de Uluwatu, em busca de novas ondas, visuais e aventuras.
Bingin, praia da região do Bukit, próximo a Uluwatu, foi a mais marcante para mim. Para chegar na areia da praia também era necessário descer uma escadaria, pois a maioria das praias da região de Uluwatu ficam em baixo dos famosos ‘cliffs’.  Por sorte a escadaria que escolhemos descer chegava em um bar chamado Swamis, que servia ótimas saladas, comida mexicana e sucos, além de contar com “bungalows” para dormir e um deck de frente para o mar. Um lugar que me fez me sentir muito bem, uma energia incrível, com uma vista linda principalmente no por do sol, não é à toa que passávamos o dia todo lá nas vezes que fomos! Ótimo também para fazer fotos e filmagens de surf e visual.
Padang Padang foi outra praia que não poderíamos deixar de visitar, fica em baixo de uma ponte onde também é necessário descer uma escadaria para se ter acesso. As ondas quebram bem no outside e formam tubos incríveis na maré cheia! Já na maré vazia e com o swell fraco é ótima para passeios de stand up e mergulhos, além de ser uma excelente praia para passar o dia na areia apreciando o visual até o por do sol. É uma das praias preferida dos banhistas. Passamos um dia super astral em Padang, andamos de stand up (alugamos na praia mesmo por 10 dolares) e curtimos um por do sol com uma Bintang gelada e o famoso ‘garuda’, um amendoim famoso por lá.
Já nos dias sem ondas, aproveitamos para conhecer o centro de Bali e alguns de seus templos. Passamos um dia andando na famosa Rua Legian, onde encontra – se de tudo. Lojas das mais famosas marcas, até ambulantes vendendo “sarongs” além das  diversas opções para comer. Desde Mc Donalds a restaurantes sofisticados. Ao final do passeio não deve se deixar de fazer uma massagem relaxante, que são oferecidas em cada esquina da rua, nada melhor depois de horas “batendo perna” e fazendo compras.
Um dos templos visitados foi o TanahLot, que fica em uma praia, e para isso e necessário receber uma benção do pessoal local para conhece – lo. O dia que fomos estava um pouco nublado e o templo principal fechado, mas nada que fizesse perder o encanto do local. Antes de entrar no templo existe um corredor com diversas lojinhas com artesanatos locais, onde o ideal é negociar ao máximo antes de comprar, os balineses gostam de entrar nesse jogo de propostas em tudo o que vendem…
O templo de Uluwatu foi o preferido. Assistir o por do sol em cima dos ‘cliffs’ não tem preço. Existem cerimônias que acontecem todos os dias às 18 horas, que conta de uma forma divertida e cheia de música a história de uma princesa que era perseguida e foi salva por um dos macacos que habitavam o templo. Ah, os macacos! Muitos já devem ter ouvido falar que eles são rápidos ladrões. Nada de entrar de óculos, bonés e qualquer outro objeto na mão sem uma cordinha, eles levam embora mesmo.
Depois de alguns dias em Uluwatu partimos para outro canto da ilha, chamado Canggu. Para isso, alugamos um carro, pois no centro de Bali o transito é absolutamente caótico, sem muita lei, milhares de motorbikes cortando cruzamentos sem parecerem ter o mínimo de atenção e noção.
As praias não são tão belas e com águas límpidas quanto as de Uluwatu, mas as opções para comer e festar são inúmeras. As praias são acessíveis para banhistas e para quem gosta de passar o dia tomando banho de sol. São oferecidos guardas – sol e espreguiçadeiras por um valor equivalente a 5 dólares, com quiosques de água de coco e  petiscos bem próximos. Muito tranquilo para fazer filmagens de surf, principalmente de perto.
Em mais um dia de ondas pequenas, aproveitamos para conhecer ‘NusaLembongam’, uma pequena ilha onde o acesso é por ‘fastboat’. Decidimos passar o dia lá para fazer ‘snorkeling’ e passear de barco. Recomendo passar uns três dias lá para quem for para aproveitar tudo que a ilha oferece, entre pousadas, restaurantes e outros tipos de passeio. Nesse passeio acabei me machucando nos corais durante o snorkeling, o que me causou uma alergia chata na perna, juntando isso com ‘dor de barriga’ de ter que ir embora acabei tendo que procurar um centro médico. Antes da viagem tive toda atenção da agencia Le Monde Turismo para agilizar meu seguro saúde e assim que decidi usá-lo em Bali percebi muita agilidade e atenção dos seguradores. Em menos de uma hora após acionar o seguro já estava sendo atendida e medicada. Hospital de primeira qualidade com profissionais qualificados e atenciosos.
Quem for a Bali não pode deixar de conhecer Ubud, muito famoso por seus artesanos, natureza e por ser um lugar bem mais calmo que Kuta, o centro de Bali. Como só passamos um dia lá, só conseguimos visitar a Monkey Forest e Tegalalan Rice fields, que são lugares bem exóticos e tranquilos. Muitos visitantes vão para essa região para meditar e acalmar a mente.
Ao total foram 25 dias em Bali. Confesso que ficaria muito mais tempo se pudesse, pois existem muitas praias e lugares incríveis para conhecer por lá. E namorando um surfista fissurado acabei conhecendo diversas praias. Recomendo muito para quem gosta de natureza, praias, aventuras e conhecer novas culturas! Espero voltar em breve, viajar é tudo de bom…
Texto por: Carolina Linzmeyer
Fotos: Petterson Thomaz – arquivo pessoal


Arrozal






Por do Sol Bali

Macacos do Templo Monkey Forest

Arrozal de Ubud, Bali










Por do Sol - Canggu