quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Greg Cordeiro na Revista Unit



O Surf em Primeiro Lugar

Joinvillense, apaixonado pelo surf, Greg Cordeiro, 24 anos, encontrou na praia de Balneário Barra do Sul uma forma de unir o seu dia a dia e o local perfeito para treinar o repertório para campeonatos. Na adolescência, o surfista trocou as movimentadas ruas de Joinville pela paz semanal na casa de praia da avó.
Influenciado pelos irmãos mais velhos, começou a surfar aos 9 anos, não demorou muito para o esporte se transformar de hobby em profissão. Foi com 10 anos que Greg mostrou as primeiras manobras em campeonatos locais. Ele iniciou sua jornada no campeonato catarinense na categoria iniciante. Chegou a disputar a final da etapa e terminou na terceira colocação, o que o incentivou a ‘correr’ nas etapas restantes do campeonato e terminar o ano como vice-campeão catarinense iniciante.
O vice-campeonato não satisfez o garoto, que mais tarde participou de todas as categorias amadoras dos campeonatos estaduais e foi campeão Iniciante, Mirim, Junior e Open. Ainda amador, conseguiu o apoio da Oceano Surf Wear. Com bons resultados, o surfista conseguiu um patrocínio permanente. “São doze anos juntos”, conta o atleta. Antes de se profissionalizar, Greg ainda desbancou gringos e grandes surfistas brasileiros para conseguir uma ótima nona colocação no WQS (World Qualyfing Series) 6 estrelas de Floripa.
Foi em 2004 que Greg Cordeiro se tornou um surfista profissional. Hoje, ele participa de etapas da Divisão de Acesso Mundial WQS no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, além de contar com várias viagens na bagagem, como Inglaterra, Peru, México e Estados Unidos. “Mas a viagem que eu guardo na memória é a do Havaí, lógico”, enfatiza o surfista.
O investimento que o atleta precisa fazer para participar das etapas do WQS não é razão para que Greg desista. O objetivo do atleta é conseguir uma boa quantia para participar um ano inteiro do circuito e poder escolher as etapas em que quer competir. Greg quer se situar entre os 100 melhores surfistas do WQS, pois só assim terá livre acesso às etapas mais importantes e poderá buscar uma vaga no WCT (World Championship Tour), revelando o desejo de todo surfista profissional.
O surfista prega muito o respeito ao meio ambiente e aos surfistas locais. “É importante que quem frequente a praia esteja ciente da preservação do litoral e que procure não se aventurar no meio de surfistas mais experientes, pois podem ocorrer acidentes e pessoas podem se machucar”, alerta Greg.



Fonte: http://www.revistaunit.com.br/

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um Oceano de plástico

Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme.



No oceano pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros . Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.

Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.



O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha há 15 anos compara este vórtex a uma entidade viva, um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico. E quando passa perto do continente, você tem praias cobertas de lixo plástico de ponta a ponta.
A bolha plástica atualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. 'Como foi possível fazermos isso?' - 'Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'.

Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.

Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meio ambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes.

E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.

Fontes: The Independent, Greenpeace e Mindfully.